Mais de 50 Anos de Moda Portuguesa - “Portugal Pop”

Mais de 50 Anos de Moda Portuguesa - “Portugal Pop”
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Introdução: A Realidade da Moda Portuguesa

Não, "não é sonho nenhum". A Moda Portuguesa existe e, não estou necessariamente a falar de estética, porque vivemos num mundo tanto global como local, onde estéticas nacionais se contaminam entre si.

Entre o Dia da Liberdade e o Dia do Trabalhador, falamos de mais de 50 anos de Moda Portuguesa.

Em Portugal, não esperámos que a liberdade acontecesse ou que fosse uma mera transição; fomos buscá-la, criámo-la e agarrámo-la com as duas mãos. Fomos modelando a democracia aos poucos, mas a ditadura acabou naquela madrugada bela.

Com este espírito de "se não há, criamos", uma resiliência e um enorme espírito de liberdade impulsionaram a criação de um sistema de Moda no país de Abril.

Nota: as imagens não seguem a mesma sequência que o texto, devem ser "lidas" como uma narrativa independente.

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A Exposição "Portugal Pop"

"Portugal Pop", exposição inaugurada em 2020 na Casa do Design em Matosinhos, chega agora ao MUDE - Museu do Design e da Moda. Uma mostra de mais de 50 anos de Moda Portuguesa, num período que se estende de 1970 a 2020 e vindo até à actualidade. 

Os núcleos expositivos formam-se a partir de figuras pop portuguesas - Amália, a grande diva, a que se juntam outras personalidades que a ela se interligariam: António Variações, Teresa Salgueiro e Sónia Tavares. Sem esquecer a artista portuguesa tão globalmente conhecida como a própria Amália - Joana Vasconcelos.

As Pioneiras: Das Modistas à Revolução

 Amália: A Diva Livre

Amália era e é liberdade e revolução - com todos os boatos que a associavam à PIDE ou que seria espiada pela PIDE. A verdade é que nunca precisou de nenhuma assinatura para além da sua para viver a vida que era a sua.

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Era a sua própria stylist, a sua própria diretora criativa. Inspiração para muitos e tantos criativos portugueses.

 As Criadoras por Detrás do Ícone

Maria Theresa Mimoso e Ana Maravilhas foram pioneiras, não só a replicarem moldes como as demais modistas - a sua exigente cliente Amália Rodrigues deu asas à criatividade de ambas para irem mais longe.

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Mas como teriam duas mulheres vivido a ditadura sem acabarem por fechar as portas dos seus ateliers, quando hoje tanto se fala de Moda e empreendedorismo?

Após o encerramento do atelier de Ana Maravilhas, a talentosa modista Ilda Aleixo (presente em nome próprio nesta exposição) iniciou o seu percurso de co-criação com Amália.

Os Primeiros Passos da Moda Portuguesa Pós-25 de Abril

Preparavam-se tournées de Amália em Itália e no Japão, enquanto, em Lisboa, a Maçã abria portas - Ana Salazar estava em Lisboa, para trás ficava a livre Londres. Onde também estivera o versátil António Variações e Manuela Gonçalves. Manuela Gonçalves, estilista (como o nosso país se referiria durante décadas aos designers de Moda) estudara na St Martins School e viria a abrir a Loja Branca, outro centro de criatividade.

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Depois de se acalmar a "ressaca" da Revolução dos Cravos, e antes da entrada de Portugal na CEE, a Moda veio para a rua com as “Manobras de Maio.”

 Da Criação Individual ao Sistema de Moda Nacional

Mas tudo isto na linha da História são acontecimentos extraordinários e não sistémicos. Sim, Ana Salazar foi a Mãe da loja Maçã, da marca Harlow e da Moda Portuguesa. 

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Ainda assim, a Moda precisa de um sistema e os pais do Sistema de Moda portuguesa foram a dupla Abbondanza/Matos Ribeiro. Eduarda Abbondanza e Mário Matos Ribeiro tiveram um imenso papel devido à criação da ModaLisboa - Lisboa Fashion Week. Mas também à importância que tiveram, e Eduarda Abbondanza continua a ter, no ensino de Moda em Portugal.

Ainda que esteja na exposição apenas uma peça da autoria da dupla, as ferramentas que deram a muitos designers de gerações fazem com que a sua influência esteja indiretamente presente em grande parte das peças expostas. Sendo que nunca impuseram o seu estilo próprio aos seus alunos.

O Propósito da Exposição

Esta avalanche de pensamentos, ideias e afirmações advém, principalmente do escrito por Bárbara Coutinho, directora do MUDE no ensaio curatorial, no qual diz o seguinte: 

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“Um dos propósitos desta exposição é fomentar o debate sobre a moda portuguesa e consolidar essa interpelação de modo a avaliar o valor cultural, económico e social, nomeadamente como fator estratégico para o desenvolvimento sustentado dos territórios e regiões e para implementação das mudanças emergentes na conceção, produção, comunicação e consumo de moda que se têm de pensar à escala 'glocal'. Não se procurou categorizar uma moda portuguesa, pois tal raciocínio pode empobrecer e reduzir uma realidade dinâmica e plural, que importa preservar, conhecer e aprofundar."

A directora do MUDE refere ainda que as mudanças na Moda e em todo o seu ecossistema devem ser levadas a cabo como povo, como coletivo e não só encaradas como responsabilidade dos profissionais da área da Moda, uma vez que os consumidores fazem parte do sistema.

A Minha Experiência Pessoal

Tenho falado, principalmente, com base no catálogo da exposição, porque para mim é uma ferramenta que dá continuidade à experiência. Eu estava tão focada em ver e entender cada peça, que a parte escrita não foi um foco... confiando que no catálogo poderia estudar cada detalhe para lá do autor que não estava na peça em si. Daí que seja uma pequena - grande desilusão que este documento não tenha sido atualizado com a reconfiguração da exposição noutro espaço físico e cronológico.

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No momento da exposição não pensei como construiria este texto, eu estava sedenta de criar o meu próprio arquivo de imagens de cada uma daquelas peças para que aos poucos o pudesse partilhar convosco. Todo o meu corpo trabalhou em função disso, ou seja,  foi o mais perto que uma nerd como eu esteve de um intenso treino de ginásio. Tentei gerir a hora e qualquer coisa que tinha, portanto, conhecendo já e tendo visto os videoclipes, não os visionei novamente. 

É importante normalizar que uma exposição é uma experiência que deve ser vivenciada com livre-arbítrio e por meio de escolhas pessoais... Ou seja, vais aos museus, não tens de estar sentado a olhar para cada quadro meia hora.

Para lá do cansaço físico, foi um momento emotivo - as boas emoções são mais difíceis de pôr por escrito sem ser tremendamente poroso. O tempo que dediquei a observar e a estudar as peças que coloquei na Imagem 1 tocou a obsessão.

Os Núcleos Expositivos e Designers Presentes

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Portanto, vamos falar de factos da exposição. Como se designavam os núcleos expositivos para lá da inspiração em figuras pop da nossa cultura? Quais os designers presentes? 

A exposição é um tríptico, composta em três partes:

1. “Memória Coletiva e Identidade Nacional”(figuras pop: Amália Rodrigues, António Variações e Heróis do Mar)

2. "Territórios Pessoais: A Intersubjetividade na 1ª Pessoa do Singular" (figuras pop: Doce, Joana Vasconcelos, The Gift e Teresa Salgueiro)

3. "Eco-lógico: Antropologia de Lugares, Matérias e Saberes" (figuras pop: Conan Osíris e Claudia Pascoal)

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Reconhecendo a importância das modistas Maria Thereza Mimoso, Ana Maravilhas e Ilda Aleixo, assim como dos figurinistas Pinto de Campos e José Manuel Costa Reis, foquemo-nos nos designers. Estes foram os designers/marcas, numa sequência aproximada àquela que é apresentada em "Portugal Pop":

- Alexandra Moura

- Luís Buchinho

- Nuno Gama

- Nuno Baltazar

- Marques' Almeida

- Storytailors

- José Carlos

- Anabela Baldaque

- Filipe Faísca

- Olga Rego

- José António Tenente

- Felipe Oliveira Baptista para Kenzo

- Helena Cardoso

- Maria Gambina

- Ana Salazar

- Manuela Gonçalves

- Abbondanza/Matos Ribeiro

- Dino Alves

- Osvaldo Martins

- Filipe Augusto

- Béhen

- Miguel Flor

- Lidja Kolovrat

- Elementum

- Pé de Chumbo

- Paulo Cravo e Nuno Baltazar

- José Tomé e Francisco Ponte

- Luís Carvalho

- Alves/Gonçalves

- Constança Entrudo

- António Castro

 Cronologia: Meio Século em Portugal

Desde 1970 já aconteceu de tudo neste país. Vou tentar resumir o que fui ouvindo contar, o que fui lendo e o que me lembro (que já é alguma coisa). Estão, é algo assim...

Uma revolução; nasceu a democracia; tivemos uma mulher como primeira-ministra; a avioneta onde seguia o primeiro-ministro despenhou-se; a RTP começou a produzir telenovelas; morreu o António Variações; entrámos para a CEE...

Foi criada a primeira semana de Moda independente do mundo; tivemos EXPO '98 e esse espaço foi devolvido à cidade; Lisboa parou para se despedir de Amália e dois anos mais tarde para testemunhar o facto de ser a primeira mulher a receber honras de panteão nacional...

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Começámos a usar o Euro; depois veio o Euro 2004; produziu-se um PC português para crianças a preços acessíveis - o Magalhães; a política deu voltas e voltas e mais voltas; veio a troika e ajuda do FMI; tivemos pela primeira vez o cargo de vice-primeiro-ministro...

Em 2015, o PS e António Costa criaram a geringonça - solução governativa inédita; ganhámos o Euro 2016 e a Eurovisão 2017; António Guterres, antigo primeiro-ministro português, é eleito secretário-geral da ONU... 

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Passámos pela pandemia mundial; tivemos as Jornadas Mundiais da Juventude; o evento que pretendia ser a Semana de Moda do norte do país, nascido anos depois da ModaLisboa, entra em inatividade por gestão indevida de fundos; António Costa apresenta a demissão do cargo de primeiro-ministro para que se esclareçam as suspeitas que sobre ele pairam...

Tivemos as eleições num dos dias de ModaLisboa, o local mais livre e onde me senti mais segura ao perceber que a extrema-direita subia na contagem dos votos, mas felizmente não chega a governar... Mas está presente na Assembleia da República a desrespeitar a inclusão e diversidade diariamente...

Depois do último governo socialista não ter chegado a meio dos 4 anos que deveria governar, o social-democrata Luís Montenegro ganhou a corrida, em termos de governos diretamente eleitos - 11 meses...

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Meses, nos quais, o país abanou literalmente umas quantas vezes... 

O designer português Miguel Castro Freitas foi nomeado diretor criativo da Mugler...

Conclusão: A Resistência da Moda Portuguesa

Apesar de tudo isto, sem esquecer o dia pré-apocalíptico de segunda-feira...

Haja o que houver, a Moda Portuguesa, intergeracional, destemida, resiliente e rebelde, está aqui e continuará!

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Obrigada por estarem aí, tive saudades vossas durante o apagão!

Com amor,  

Vera Lúcia


Créditos das Imagens:

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Nuno Baltazar - Saia Sophia Long (Sarja; algodão; poliéster) Coleção Mar de Sophia Outono/Inverno 2014/2015 MUDE.M.1035 / Coleção Nuno Baltazar | Doação Nuno Baltazar, 2019. 

Filipe Faísca - Túnica Almofadada com referência às tradicionais almofadas redondas decorativas (Neoprene, poliéster, manipulação bones). Coleção Luto Primavera/Verão 2013. Coleção Tiago Ferreira | Cedência Filipe Faísca. 

Abbondanza/ Matos Ribeiro -  Vestido (Shantung de seda)1994 |Cedência Teresa Salgueiro. Utilizado por Teresa Salgueiro na tournée dos Madredeus pelo Japão 1994.

Alexandra Moura -  Vestido Pétalas Santas (Tule, pele sintética com relevo). Coleção O Milagre das Rosas Primavera/Verão 2016 | Cedência Alexandra Moura. 

Dino Alves - Vestido (Tafetá, poliéster, alfinetes de dama metálicos). Coleção Trash CoutureOutono/Inverno 2001/2002 | Cedência Dino Alves. 

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Abbondanza/ Matos Ribeiro -  Vestido (Shantung de seda)1994 |Cedência Teresa Salgueiro. Utilizado por Teresa Salgueiro na tournée dos Madredeus pelo Japão 1994. 

Ilda Aleixo - Vestido e manto (Seda georgette)1967-1968FAR-VP0003 | Cedência Fundação Amália Rodrigues. Amália Rodrigues usou este vestido e manto em diversas atuações. Um dos espetáculos em que a fadista se apresentou com este modelo realizou-se em Tiel, na Holanda, em 1988.

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Béhen - Coordenado New Delhi Look. Casaco (Feito a partir de uma colcha de cama antiga portuguesa, de veludo, e pelo falso de um casaco de segunda mão upcycled); Calças (Feitas a partir de uma colcha de cama antiga portuguesa, ilhoses, fita de cetim) Coleção Quero-te Muito Outono/Inverno 2021/2022. MUDE.M.1565.

Filipe Augusto - Coordenado: Camisola; Casaco; Calças; Colete; Capuz; Luvas; Lenço de bolso (Lã, tricô, plástico, xadrez, algodão, cestaria, borracha, cambraia de algodão) Coleção Colheitas Outono/Inverno 2018/2019. MUDE.M.0874. Coordenado: Camisa; Calças; Saia e Bolsa de cintura; Lenço; Luvas. (Tafeta de algodão, nylon, algodão plastificado, cambraia de algodão, borracha) Coleção Colheitas Outono/Inverno 2018/2019. MUDE.M.0875.565. 

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Dino Alves - Vestido (Tafetá, poliéster, alfinetes de dama metálicos). Coleção Trash Couture Outono/Inverno 2001/2002 | Cedência Dino Alves. 

Alexandra Moura - Vestido Manto Joana Vasconcelos (Nylon, poliéster) Casaco Amparo (Viscose, poliéster, elastano). Coleção Heirloom Primavera/Verão 2019. Usado por Joana Vasconcelos na inauguração da exposição Branco Luz no Le Bon Marché Rive Gauche, Paris em 2019- Desenhado para Joana Vasconcelos | Cedência Joana Vasconcelos. 

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Nuno Gama . Casaco Bordado com motivos originais de Nuno Gama (Lã, lantejoulas, missangas, bordado a fio de ouro com ponto de cadeia, ponto pé-de-flor, ponto cheio, ponto de fantasia e ponto nozinho).Cooperativa Aliança Artesanal | Coleção Pensamomento, Primavera/Verão 2021 | Cedência Nuno Gama.

Luís Buchinho - Macacão 6MC01314 (Poliéster, estampado); Vestido 6SE VE011213 (Poliéster, estampado, couro) Outono/Inverno 2013/2014 | Cedência Luís Buchinho.

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Constança Entrudo. Coordenado: Camisola (Fios de poliéster reciclado, estampado); Calças (Algodão, fios de poliéster reciclado, estampado). Coleção The World We Live In: Part II Outono/Inverno 2021| Cedência Constança Entrudo.

Ana Salazar - Vestido (Algodão, plissado, crochê). Primavera/Verão 2007.MUDE.M.0707. 

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Alexandra Moura - Casaco Cobertor (Cobertor de Papa, lã). Coleção WoMan Outono/Inverno 2016/2017 | Cedência Alexandra Moura. 

Luis Buchinho - Casaco ICS010506 e Saia 35A010506 (Lã, acrílico, poliamida, poliéster, viscose). Coleção In Bloom Outono/Inverno 2005/2006 | Cedência Luís Buchinho.

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(esquerda) - Ana Salazar - Vestido e combinação Meninas na Praia (Tafetá de seda, musseline de seda, recortes, aplicações) Coleção Meninas na Praia: Verão = Été = Summer 1988 Primavera/Verão 1988. MUDE.M.0701.

Manuela Gonçalves - Loja Branca. Vestido Poncho (Algodão estampados), 1978. MUDE.M.0416 / Coleção Francisco Capelo. 

Loja Branca Manuela Goncalves - Loja Branca.Vestido (Tafetá, seda, madrepérola), 1991. MUDE.M.0423 / Coleção Francisco Capelo.

(direita) - Ana Salazar - Vestido e combinação Meninas na Praia (Tafetá de seda, musseline de seda, recortes, aplicações) Coleção Meninas na Praia: Verão = Été = Summer 1988 Primavera/Verão 1988. MUDE.M.0701.

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Dino Alves - Vestido (Algodão acetinado, elastano, linho). Coleção Salvé & Cor! Outono/Inverno 2015/2016. Cedência Dino Alves. 

Nuno Baltazar - Vestido Pilar (Crepon, aplicação de medalhas com a imagem de Nossa Senhora de Fátima).Nuno Baltazar - Coleção Transverse. MUDE.M.1744 | Coleção Nuno Baltazar. Doação Nuno Baltazar, 2024.

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(esquerda) - da esquerda para a direita e de cima para baixo: José Carlos - Desenho de Paulo Correia para José Carlos (Lápis, aguarela, tinta-da-China) Sketchbook da Coleção Lisboa, Hábitos e Tradições, 1994 Cedência Miguel Mantero. 

José Manuel Costa Reis (Tinta-da-china, aguarela e guache sobre papel Canson) Figurinos para Lisboa regressa ao Parque, Teatro Maria Vitória. Datado e assinado pelo autor, 2002 | Cedência José Manuel Costa Reis. 

(direita) - Storytailors - Vestido (Jacquard de seda, tule, barbas de baleia), 2008. Cedência Sónia Tavares. 

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Alexandra Moura -  Vestido A.M (Licra, estampado original) Casaco Putter AM (Tecido impermeável com enchimento de penas de pato-real - reciclagem). 

José António Tenente - Capote, colete e saia Capote Alentejano (Sarja de fibra artificial, pespontada e acolchoada), 2000. MNT Inv. n.° 35113/1/2/3 / Cedência Museu Nacional do Traje.

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(esquerda)- Pierre Cardin - Casaco Creation Pierre Cardin, Paris (Tafetá axadrezado, cabedal). Cedência Leandro Pinto. (usado por António Variações). 

António Variações. Casaco e calças (Tela de algodão estampada), Anos 1980. Cedência Teresa Couto Pinto | Usado por António Variações. 

(direita)- Twiga Balandrau (Algodão, estampado), 1980-1990. Cedência Fundação Amália Rodrigues. 

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Marques’ Almeida - Saia e Hoodie Assimétrico ( Felpa de algodão, poliéster) Resort 2019 | Cedência Marques' Almeida. 

Kolovrat - Vestido (Seda, esponja, viscose) Coleção Meu Portugal - Igualmente Nostálgico. Primavera/Verão 2024. Cedência Lidija Kolovrat. 

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Luis Carvalho - Casaco e Calças feitos por medida para primeira semifinal do Festival da Eurovisão(Tafetá de seda) 2019. Cedência RTP - Rádio e Televisão de Portugal. 

Alexandra Moura - Blazer Não é sonho nenhum (Lã, com citação da ceramista Rosa Ramalho reproduzida); Vestido Rosa (Flanela de algodão, jacquard a lembrar o xadrez tradicional a representar um universo mais "rural, seco e rude"); Lenço Rosa Ramalho (Algodão) Coleção Bestiário Outono/Inverno 2019/2020 | Cedência Alexandra Moura.